12 COSTUMES de Saúde ANTIGOS que Eram Perigosos e CHEIOS DE RISCOS

Descubra 12 costumes de saúde antigos e equivocados que colocavam vidas em risco, mostrando como práticas médicas perigosas evoluíram ao longo da história.

A história da medicina está repleta de métodos que, em vez de curar, traziam consequências devastadoras. Nos tempos antigos, a busca por cura e alívio levou a práticas surpreendentes e perigosas, desde o uso de substâncias tóxicas até procedimentos invasivos sem anestesia. Estes costumes de saúde antigos mostram como a ciência evoluiu e nos fazem questionar quais métodos modernos um dia poderão ser vistos como absurdos.

1. Uso de Estrume Animal

Os antigos egípcios aplicavam estrume de crocodilo em feridas abertas e até nos olhos, acreditando que o material tinha propriedades curativas e poderia prevenir infecções. Em vez disso, o uso de fezes causava infecções severas, já que o esterco é um ambiente propício para bactérias e fungos. Em outro exemplo, os escoceses aplicavam esterco de porco em feridas para estancar hemorragias, mas a prática só agravava os ferimentos devido à falta de higiene e esterilização.

2. Sanguessugas e Sangria

Na Europa medieval, médicos aplicavam sangrias para aliviar febres e dores de cabeça, usando sanguessugas ou cortando veias para “equilibrar os humores”. Um exemplo extremo foi o tratamento do primeiro presidente dos EUA, George Washington, que sofreu várias sangrias para tratar uma infecção na garganta em 1799. Infelizmente, ele perdeu tanto sangue que acabou falecendo, ilustrando o perigo dessa prática.

3. Consumo de Urina

Culturas antigas, como os antigos romanos, usavam urina como uma ferramenta de limpeza e branqueamento. Um exemplo clássico é o uso de urina como agente branqueador de roupas. Nas ruas de Roma, potes eram colocados para que os cidadãos urinassem e, depois, essa urina era usada para lavar tecidos e até escovar os dentes. Embora o efeito branqueador da amônia seja real, o risco de infecção era alto.

4. Trepanação do Crânio

A trepanação era amplamente praticada por civilizações antigas, como os maias e algumas tribos africanas. Em um exemplo encontrado na França, arqueólogos desenterraram um crânio de 7.000 anos com evidências de trepanação. Os cortes revelam que o paciente sobreviveu ao procedimento, mas muitos outros morreram em decorrência da exposição do cérebro ao ambiente sem nenhuma proteção contra infecções.

5. Hemiglossectomia para Gagueira

Nos séculos XVIII e XIX, médicos europeus acreditavam que cortar parte da língua poderia tratar a gagueira. Um caso famoso foi o de William Beechey, um garoto inglês que teve a língua parcialmente removida para corrigir a gagueira. O procedimento não só não corrigiu o problema, mas também deixou graves sequelas, limitando sua capacidade de falar claramente.

6. Uso de Arsênico

Durante o século XIX, o arsênico era comumente usado como tônico para a pele. Um exemplo notório é o caso de Madame Rachel, uma esteticista famosa em Londres que vendia cremes à base de arsênico para “embelezar” a pele de suas clientes ricas. Embora muitos desses cremes prometessem uma aparência mais jovem, a aplicação contínua causava envenenamento, levando a sintomas como queda de cabelo, lesões na pele e até morte.

7. Heroína e Cocaína

Na virada do século XX, cocaína era amplamente utilizada para tratar dores dentárias, inclusive em crianças. A Bayer, uma farmacêutica alemã, lançou a heroína como um remédio para tosses em 1898, acreditando ser uma alternativa segura à morfina. Um exemplo chocante é o uso de heroína em xaropes para tosse destinados a crianças, o que levou a uma onda de vícios infantis antes que os perigos fossem reconhecidos.

8. Pasta de Carne de Rato

No Egito antigo, era comum esmagar camundongos para fazer uma pasta que seria aplicada em dentes doloridos. No período elisabetano na Inglaterra, a prática reapareceu: médicos aplicavam camundongos inteiros sobre feridas acreditando que o contato curaria a infecção. Em vez disso, essa aplicação resultava em inflamações graves, expondo os pacientes a infecções ainda mais perigosas.

9. Uso de Bile Animal

Na China antiga, médicos usavam bile de animais, como a de cachorro e carpa, para tratar uma série de males. Um exemplo bizarro é o uso de bile de elefante para tratar mau hálito e problemas digestivos. Infelizmente, esses tratamentos frequentemente causavam náuseas e vômitos, e em alguns casos, levavam a envenenamentos graves, provando que não havia qualquer fundamento terapêutico na prática.

10. Dentes Cortantes para Bebês

No século XVI, o cirurgião Ambroise Paré popularizou a prática de cortar as gengivas de bebês para facilitar o nascimento dos dentes. O próprio Paré documentou o caso de um bebê cuja dentição “bloqueada” teria levado à sua morte. A prática se tornou comum na França e na Inglaterra, mas o procedimento invasivo causava infecções perigosas, levando a um número significativo de mortes.

11. “Pó de Simpatia”

No século XVII, médicos acreditavam que o “pó de simpatia” poderia curar feridas aplicando o pó na arma que causou o ferimento, e não na própria ferida. Um exemplo vem do médico inglês Sir Kenelm Digby, que usava o pó para “curar” feridas de soldados à distância. Embora não houvesse base científica, a prática era bastante popular, mas os resultados eram ineficazes, agravando a condição dos soldados feridos.

12. Malária como Tratamento de Sífilis

Nos anos 1920, o médico austríaco Julius Wagner-Jauregg desenvolveu a “malarioterapia” para tratar a sífilis, acreditando que a febre induzida pela malária curaria a doença. O tratamento fez sucesso por um tempo e até lhe rendeu um Prêmio Nobel, mas um exemplo trágico de seu fracasso foi o caso de inúmeros pacientes que morreram devido às complicações da malária, sem cura para a sífilis.

 

Perguntas Frequentes sobre Costumes de Saúde Antigos e Perigosos

1. Por que os antigos usavam fezes de animais como remédio?
Os antigos acreditavam que fezes de animais, como o esterco de crocodilo e de porco, tinham propriedades curativas. No Egito Antigo, por exemplo, o esterco era usado para tratar feridas e até como contraceptivo, embora essa prática, na verdade, aumentasse o risco de infecção. O entendimento sobre a contaminação e a higiene era limitado, levando a essas crenças equivocadas.

2. O que era a prática de sangria e por que era tão comum?
A sangria era uma prática utilizada para “equilibrar” os quatro humores do corpo, teoria dominante na medicina antiga. Para doenças como febre, dores de cabeça e até diabetes, os médicos retiravam sangue com sanguessugas ou faziam cortes em veias. Embora a prática tenha se popularizado, inclusive entre personalidades famosas como George Washington, ela trouxe mais danos do que benefícios à saúde.

3. Como a urina era utilizada na medicina antiga?
A urina era usada de várias maneiras, desde a limpeza de roupas até o tratamento de problemas de pele e infecções. Os romanos, por exemplo, usavam urina para branquear dentes, pois a amônia nela ajuda a remover manchas. Entretanto, o uso direto de urina em feridas ou como cosmético levava a infecções e problemas graves de saúde.

4. Por que médicos antigos faziam furos nos crânios dos pacientes?
Essa prática, chamada trepanação, era usada para tratar dores de cabeça, distúrbios mentais e convulsões. Arqueólogos encontraram crânios com buracos feitos por ferramentas rudimentares, indicando que algumas pessoas sobreviveram a esse tratamento brutal. Na época, acreditava-se que abrir o crânio liberaria “espíritos malignos” ou equilibraria a pressão intracraniana.

5. Como a hemiglossectomia era usada para tratar problemas de fala?
A hemiglossectomia, que consiste na remoção parcial da língua, era um método usado para tratar gagueira e outros problemas de fala nos séculos XVIII e XIX. Embora ineficaz, essa prática causava sequelas graves e dificuldades adicionais de comunicação. Hoje, o procedimento é raramente usado e apenas em casos de câncer, com acompanhamento especializado.

6. Por que o arsênico foi usado como medicamento?
O arsênico era usado como tratamento para doenças de pele e sífilis, além de ser um cosmético popular na Europa vitoriana. Um exemplo famoso é a “Fowler’s Solution”, um tônico com arsênico que prometia benefícios para a pele, mas causava envenenamento crônico. O uso do arsênico, extremamente tóxico, foi abandonado com a modernização da medicina.

7. Como heroína e cocaína eram prescritas por médicos no passado?
A heroína era usada como analgésico e supressor de tosse para crianças no início do século XX, enquanto a cocaína era aplicada para dores de dente e até como cura para a caspa. Essas substâncias, hoje conhecidas por seu alto potencial viciante, foram introduzidas como “remédios milagrosos”, mas acabaram gerando dependência e sérios problemas de saúde.

8. Como funcionava o tratamento com pasta de camundongos?
Antigos egípcios faziam uma pasta de camundongos esmagados para tratar dores de dente, acreditando que o contato com o tecido do animal aliviaria a dor. No entanto, essa prática apenas agravava infecções e expunha os pacientes a doenças. Embora a crença popular fosse forte, o método causava mais danos do que benefícios.

9. A bile animal tinha alguma função medicinal comprovada?
A bile de animais como elefantes e bois era usada na medicina chinesa para tratar mau hálito e problemas digestivos, mas não havia nenhuma evidência de eficácia. Na verdade, o consumo de bile pode ser tóxico e causar efeitos colaterais graves. Esse costume reflete a falta de compreensão sobre a composição da bile e seus riscos à saúde.

10. Por que dentes cortantes para bebês eram vistos como tratamento necessário?
No século XVI, acreditava-se que cortar as gengivas de bebês ajudaria no crescimento dos dentes e evitaria doenças. Essa prática, defendida pelo cirurgião Ambroise Paré, tornou-se comum, especialmente na França. No entanto, os cortes causavam infecções graves e representavam um risco significativo para a saúde dos bebês.

11. Como o “pó de simpatia” era usado na medicina?
O pó de simpatia era aplicado na arma que causou uma ferida, e não na ferida em si, acreditando-se que isso aceleraria a cura pela “simpatia”. Essa prática foi popular no século XVII na Europa, mas provou ser ineficaz e muitas vezes agravava a condição do paciente.

12. Por que a malária era induzida para tratar sífilis?
O médico Julius Wagner-Jauregg introduziu a malarioterapia, infectando pacientes de sífilis com malária para induzir febre e “curar” a doença. Embora ele tenha ganho um Prêmio Nobel pela técnica, cerca de 15% dos pacientes morriam devido às complicações da malária. O método foi abandonado devido à alta taxa de mortalidade.

Conclusão

Esses costumes médicos antigos, hoje obsoletos e perigosos, revelam como a falta de conhecimento científico colocou a vida de muitas pessoas em risco. A história da medicina é um lembrete de que, apesar dos avanços, a busca por tratamentos seguros e eficazes deve ser sempre baseada em evidências e ética médica, evitando que erros graves do passado se repitam.

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